Estudo
publicado pela revista norte-americana Cell Press identificou a
possibilidade de o virús Zika acessar células-tronco neurais por meio de
uma proteína. A pesquisa mostra que danos no receptor AXL têm relação
direta com sintomas associados à infecção em fetos, mas não confirma a
correlação entre o Zika e a microcefalia.
Foram analisadas células presentes no cérebro de camundongos e furões
e também em organoides derivados de células-tronco humanas. Todos os
modelos, segundo o estudo, mostraram a expressão do receptor AXL em
células gliais radiais, um tipo de célula-tronco neural que dá origem a
outras células, como os neurônios.
Boletim divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde informa que,
desde outubro de 2015, 944 bebês nasceram com microcefalia e outras
alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita. Do
total de 944 confirmados, apenas 130 tiveram exame laboratorial positivo
para o Zika. Ainda segundo levantamento, 4.291 casos estão em
investigação.
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