O bloco chavista do parlamento
venezuelano expressou neste sábado sua solidariedade com a presidente
Dilma Rousseff e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante o
que garante ser a execução de um “golpe de Estado de caráter
midiático-judicial”.
“Estamos sendo testemunhas
de uma perseguição sem precedentes, empreendida pela imprensa
hegemônica, por alguns juízes e promotores e por dirigentes políticos
que pretendem derrubar o governo legitimamente eleito do Brasil”, afirma
um comunicado do grupo chavista da Assembleia Nacional (unicameral) da
Venezuela.
O bloco de 54 deputados
sustenta que este “ataque” é dirigido pelos Estados Unidos e “as
direitas deste continente e da Europa”, e procura “desprestigiar a força
moral e política que Lula e Dilma representam para seu país e nossa
região”.
“Apontamos o governo dos
Estados Unidos como o principal responsável pelas operações que tentam
submeter a vontade democrática de nossos povos”, defende o grupo que
vincula este suposto golpe com outros ocorridos na região.
Além disso, vincula a
própria derrota do chavismo na Venezuela nas últimas eleições
parlamentar, que lhes deixou com 54 dos 163 deputados eleitos e os
opositores com o controle da Câmara, com um destes planos que, neste
caso, buscaria derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
“Não é por acaso que em
menos de um mês tenham aumentado as investidas contra os que lideram os
processos de transformação em nossa região”, afirmam os chavistas, que
incluem nessa lista à ex-presidente argentina Cristina Kirchner e o
presidente da Bolívia, Evo Morales.
“Perante a contundência
destes fatos, o Bloco da Pátria expressa sua mais profunda solidariedade
com os povos vítimas das operações do imperialismo”, continua o texto.
Por fim, o grupo faz um
chamado à mobilização de “todas as forças revolucionárias da Venezuela,
América Latina e no mundo, para neutralizar o avanço destes golpes
contra a independência”.
Terra
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