O país passa por uma grave crise
institucional, acima de tudo. As instituições estão literalmente indo à
forra, entre si e internamente também. O caos está instaurado por ações
e omissões, especialmente, do Partido dos Trabalhadores e seus líderes.
É inaceitável nomeação ministerial do
ex-presidente Lula, investigado por supostamente participar de uma
organização criminosa que surrupiou os cofres do maior orgulho nacional:
a Petrobrás. Ainda que não tenha ocorrido com desvio de finalidade,
apenas no intuito de dar foro privilegiado ao ex-presidente, ela é
inoportuna e inconveniente. Depõe contra a ordem nacional e contra o
interesse público, é jogar lenha na fogueira e dividir o país – o que
aliás o PT tem feito com maestria há anos.
A Presidente da República, em cerimônia
oficial, questionar decisão do Poder Judiciário é de uma leviandade sem
tamanho. Não é prudente, é tentativa de interferência em outro poder – e
lembremos que o Planalto costumeiramente já passa o rolo compressor no
Congresso Nacional. Discorda da decisão, Presidente? Recorra nos canais
cabíveis, é esse o papel de um estadista. O que a senhora fez foi jogar
mais lenha na fogueira.
O país está à beira do deslinde, do
confronto, da secessão. E o que se vê é um partido acuado, um governo
acabado e um mito que ruiu chamando pessoas às ruas para, se preciso for
(para manter-se no poder), recorrer ao combate (armado?). Aos meus
amigos, a favor e contra o governo, eu faço um apelo: não vão às ruas,
não participem dessa luta, não sejam ainda mais lenha na fogueira.
Chega!
Faço, por fim, um exercício de
futurologia. Brasileiros vão às ruas a favor do governo, brasileiros vão
às ruas contra o governo, brasileiros enfrentarão brasileiros. Estará
deflagrada a guerra civil e, no fim, corremos o sério risco de que a
caserna assuma o poder e isso não é algo que eu vejo com bons olhos,
apesar do PT.
Confiem nas instituições democráticas,
para o bem ou para o mal, para o que você concorda ou não – independente
de com o quê você concorda – elas irão decidir, é a melhor opção.
Desejo profundamente que o PT seja defenestrado do Palácio do Planalto,
mas não quero o risco de que militares se alcem ao poder. Paz.
Fahad Mohammed, advogado.
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