Durante sessão da Terceira Turma
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro João Otávio de
Noronha fez uma defesa da instituição, em virtude dos áudios divulgados
ontem (16/03) pela Justiça Federal, em investigação da operação Lava
Jato sobre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Noronha afirmou que o STJ não é covarde,
e julga com imparcialidade os casos da Lava Jato. O ministro declarou
que os trechos divulgados das conversas do ex-presidente com diversos
interlocutores são “estarrecedores”. “Repilo as palavras de Lula quando
ele diz que esta casa está acovardada”, disse Noronha.
Para ele, o STJ cumpre o dever
constitucional de zelar pela independência da Justiça Federal e pela
aplicação da lei a todos, sem diferença.
Advogados, servidores e os demais
ministros aplaudiram o pronunciamento de Noronha. O magistrado
justificou que não se tratava de uma intervenção ao longo da sessão de
julgamentos, mas sim uma defesa institucional diante da gravidade das
acusações feitas ao tribunal.
Noronha elogiou a atuação do juiz Sérgio
Fernando Moro ao conduzir o processo e retirar o sigilo sobre as
investigações da 24ª fase da operação Lava Jato, denominada “Aletheia”.
Segundo o ministro, o sigilo nas
operações não é devido a proteção do réu ou de outra parte, mas sim para
preservar a ordem pública. Ao retirar o sigilo da operação, segundo
Noronha, Moro contribui para desvelar “a podridão que está por trás do
poder”.
STJ
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