O
ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF),
reafirmou nesta segunda-feira (28) a deputados que comandam a comissão
especial que analisa as acusações contra a presidente Dilma Rousseff que
“impeachment não é golpe”.
“Acho que nesse momento a questão está devolvida às mãos dos
senhores. Como eu disse e escrevi em novembro, eu acho que o impeachment
não é golpe. É um mecanismo previsto na Constituição para afastamento
de um presidente da República”, afirmou.
Relator da ação que estabeleceu as regras para o processo contra
Dilma, Barroso recebeu em seu gabinete o presidente da comissão, Rogério
Rosso (PSD-DF); o relator, Jovair Arantes (PTB-GO) e os deputados
Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Fernando Coelho Filho (PSB-PE).
Na reunião, aberta à imprensa, os parlamentares ressaltaram que
seguirão as regras definidas pelo Supremo para dar andamento ao
processo.
Mais cedo, os deputados se reuniram com o presidente da Corte,
Ricardo Lewandowski, para comunicar o mesmo compromisso. Ao final,
Lewandowski foi questionado se a reunião afastava a pecha de que o
impeachment representa um “golpe”, como expressado por Dilma.
“Golpe é uma expressão que pertence ao mundo da política e nos aqui
usamos apenas expressões do mundo jurídico”, respondeu o presidente do
STF.
Barroso também disse que o Supremo tem papel de árbitro no caso e não
quer entrar no mérito das acusações contra a presidente Dilma Rousseff.
“O que os senhores decidirem na Câmara e depois o que o Senado
decidir, é o que vai prevalecer. Quer dizer, o Supremo não tem nenhuma
pretensão de juízos de mérito nessa matéria”, afirmou.
Fonte: G1
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