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domingo, 20 de março de 2016

Escalada da crise deflagra discussão e nomes sobre governo Temer

A escalada da crise do governo Dilma Rousseff (PT)desencadeou conversas efetivas entre a cúpula da oposição e Michel Temer (PMDB) em torno de propostas que devem ser encampadas pelo vice, caso ele assuma o governo.
As discussões sobre o “dia seguinte” à possível queda da petista também já se dão em torno de nomes e perfis que integrariam a gestão Temer.
Em meio a esse debate, partidos como PSDB, DEM e PPS começaram a dar declarações de que darão suporte ao peemedebista no caso de impeachment de Dilma.
Quando fala sobre o cenário do impedimento, Temer começa todas as conversas com políticos de outras legendas garantindo que, uma vez à frente do Planalto, não será candidato à reeleição em 2018.
Para dar robustez à promessa, foi aconselhado por aliados a, assim que chegar ao cargo, apresentar proposta de emenda à Constituição que acabe com a reeleição.
A oposição tem uma lista de demandas. O PSDB quer que Temer adote parte das propostas pregadas pela sigla como carro-chefe de um eventual governo peemedebista.
Em troca, caciques do partido como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra (SP) e agora o próprio presidente da legenda, Aécio Neves (MG), prometem trabalhar para dar sustentação a Temer.
Durante a semana, Serra defendeu no Senado a ideia de que é preciso criar uma “frente de reconstrução nacional” do país em torno de Temer. “O impeachment virá”, argumentou.
Procurado pela Folha, Aécio disse que o PSDB “terá grandeza e responsabilidade”. “O processo [impeachment] agora é inexorável. Estamos dispostos a conversar em torno de uma agenda, não de cargos.”
As propostas elencadas pelos tucanos incluem a profissionalização de agências reguladoras, regras para a gestão de estatais e fundos de pensão, além do compromisso com uma minirreforma eleitoral. Os tucanos também têm pedido que Temer promova, de saída, um corte drástico no número de ministérios –hoje são 39.
RECRUTAMENTO
O vice tem se mantido distante de Brasília, abrigando-se em seu escritório em São Paulo para falar com aliados sobre os desdobramentos da crise. Seu grupo de conselheiros conta com ao menos três políticos que foram fiéis mesmo nos momentos de maior isolamento: Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima.
Em outra frente, há ainda o senador Romero Jucá (RR). Entre os tucanos, Serra é o mais próximo do vice.
Na seara jurídica, destaca-se o ex-presidente do STF Nelson Jobim, visto como alguém que terá “papel de proa” em uma eventual gestão do peemedebista.
Folha



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