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domingo, 20 de março de 2016

Com situação confortável, oposição reforçará ataques contra Dilma no Judiciário

Comissão de impeachment foi instalada na Câmara; deputados aproveitaram o palco para festejarCom uma aparente folga de votos na Comissão do Impeachment, recém-formada na Câmara dos Deputados, a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) planeja intensificar suas ações na esfera judicial e diminuir os esforços no Congresso.
“Não precisamos tomar a linha de frente. Quem vai cobrar dos parlamentares indecisos sobre a necessidade do impeachment não somos nós, mas os brasileiros. Isso já está acontecendo e vai se intensificar conforme a votação sobre o impeachment se aproximar”, avalia Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara. Parte dessa pressão deverá ser feita pelos grupos pró-impedimento que têm articulado os protestos nas ruas e nas redes sociais, como o Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre (MBL).
A expectativa de Imbassahy é que a Comissão do Impeachment tenha seus trabalhos concluídos em até 30 dias. Enquanto isso, os partidos de oposição vão se concentrar no Judiciário, por exemplo, com novos recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “São tempos diferentes. A velocidade no TSE é outra. Na Câmara, a não ser que haja alguma ação do governo ou do PT na Justiça, o processo deve ser mais rápido”, diz o tucano.
Se para a oposição o jogo parece ganho na Comissão do Impeachment da Câmara, para a situação o momento exige ainda mais esforços. Líder do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA) critica o início dos trabalhos do grupo de parlamentares que vai julgar se Dilma deve sair. “Mal começaram e já falam em convocar Lula e Dilma. Vemos a espetacularização da política, a intensificação do ‘quanto pior, melhor’.”
Mudança de rumo
A decisão de Dilma Rousseff de levar Lula para o governo abriu num primeiro momento uma outra frente para ataques da oposição e o consequente enfraquecimento da mandatária.
Assim que ficou mais forte da possibilidade de indicação do ex-presidente para a Casa Civil, a oposição começou a rascunhar estratégias para debilitar ainda mais o governo. Uma das primeiras possibilidades era a de fazer convocações sistemáticas de Lula nas comissão da Câmara e expô-lo a ‘esqueletos’ da época em que ocupava o Palácio do Planalto, conforme comentou um parlamentar tucano. Imbassahy, no entanto, descarta a convocação. “Vou desaconselhar que isso seja feito”, diz.
Para Paulo Pimenta (PT-RS), ter o ex-presidente nas comissões da Casa seria positivo. “Podem convidar o Lula para onde quiserem. Para nós será bom, já que ele terá mais visibilidade e poderá explicar o que de fato está acontecendo”, analisa o petista.
IG



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