Após os incluídos na lista de investigados da Operação Lava Jato darem início a uma preparação ofensiva contra o Ministério Público
– responsável pelos pedidos de inquérito contra Renan Calheiros
(PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) -, suscitou-se no Congresso um forte
questionamento acerca da real utilidade da essencial instituição
permanente.
“É o ladrão que quer ditar se pode ou
não a autoridade investigar suas safadezas políticas. No Brasil, em
resumo, o cocô quer enterrar o gato na areia”, afirma Juan Lúcio,
cientista político da USP.
Ventila-se por todos os corredores do Palácio do Planalto a possibilidade de ressurreição da Proposta de Emenda Constitucional 37/2011,
a famosa PEC 37, que visava, antes da sua derrocada em 2013, a retirada
do poder de polícia do Ministério Público, deixando a competência
exclusivamente para as polícias federal e civil. Segundo documento
anônimo enviado ao e-mail da Presidência da República, a ideia é até
2020 erodir a imagem e os poderes do MP até que se torne inútil aos
olhos da opinião pública.
Diário de Pernambuco
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