Michel Temer sabe o que quer da
convenção do PMDB, neste sábado (12): unidade para mostrar que a legenda
está pronta para assumir o comando do país. O objetivo é garantir apoio
total à chapa única, que vai renovar o mandato de Temer na presidência
do partido e evitar disputas internas.
Ou seja, a probabilidade cada mais real
de ocupar a principal cadeira da esplanada - a de presidente da
República - pode fazer o PMDB sempre tão dividido, a deixar de lado ao
menos agora, as divergências. O senador Eunício Oliveira admite que Temer nem longe era consenso, mas acredita que o momento agora é outro.
Há
peemdebistas que defendem a ruptura total com o governo, outros uma
posição de independência. Para alguns caciques, do partido, o ideal é
que a convenção não aprove nem um nem outro se isso significar divisão.
Ficará claro, pelos discursos e pelas propostas, que o PMDB está se
distanciando do governo, que quer assumir a responsabilidade política da
condução do país nessa crise, que considera inviável uma saída para a
crise política com Dilma à frente, opinião comungada com tucanos em
jantar esta semana.
Os
mais radicais acham que o desembarque deve ser aberto. Mas cresce a
corrente dos que consideram que o embate agressivo com que já está
combalido não é a melhor forma de prepara o terreno de uma mudança. A
ideia é focar em propostas, como disse o presidente do Senado, Renan
Calheiros.
Mesmo
os mais governistas no PMDB, agora acuados, reconhecem que o impeachment
está na ordem do dia, inclusive por causa de um peemedebista: Eduardo
Cunha. O PSDB sempre falou em cassar a chapa Dilma Temer, o que levaria a
novas eleições; mas esse processo eleitoral seria conduzido por Cunha,
que como presidente da Câmara é o terceiro na linha sucessória.
Como
ele responde a ação penal e por quebra de decoro, o entendimento que
prevalece entre tucanos e peemedebistas é de que o afastamento via
Congresso da presidente seria o caminho mais curto e menos contestável.
Crédito: José Cruz/Agência Brasil
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