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domingo, 13 de março de 2016

PMDB quer mostrar unidade e capacidade para comandar o país

Michel Temer sabe o que quer da convenção do PMDB, neste sábado (12): unidade para mostrar que a legenda está pronta para assumir o comando do país. O objetivo é garantir apoio total à chapa única, que vai renovar o mandato de Temer na presidência do partido e evitar disputas internas.
Ou seja, a probabilidade cada mais real de ocupar a principal cadeira da esplanada - a de presidente da República - pode fazer o PMDB sempre tão dividido, a deixar de lado ao menos agora, as divergências. O senador Eunício Oliveira admite que Temer nem longe era consenso, mas acredita que o momento agora é outro.
Há peemdebistas que defendem a ruptura total com o governo, outros uma posição de independência. Para alguns caciques, do partido, o ideal é que a convenção não aprove nem um nem outro se isso significar divisão. Ficará claro, pelos discursos e pelas propostas, que o PMDB está se distanciando do governo, que quer assumir a responsabilidade política da condução do país nessa crise, que considera inviável uma saída para a crise política com Dilma à frente, opinião comungada com tucanos em jantar esta semana.
Os mais radicais acham que o desembarque deve ser aberto. Mas cresce a corrente dos que consideram que o embate agressivo com que já está combalido não é a melhor forma de prepara o terreno de uma mudança. A ideia é focar em propostas, como disse o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Mesmo os mais governistas no PMDB, agora acuados, reconhecem que o impeachment está na ordem do dia, inclusive por causa de um peemedebista: Eduardo Cunha. O PSDB sempre falou em cassar a chapa Dilma Temer, o que levaria a novas eleições; mas esse processo eleitoral seria conduzido por Cunha, que como presidente da Câmara é o terceiro na linha sucessória.
Como ele responde a ação penal e por quebra de decoro, o entendimento que prevalece entre tucanos e peemedebistas é de que o afastamento via Congresso da presidente seria o caminho mais curto e menos contestável.
Crédito: José Cruz/Agência Brasil

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