O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, na manhã
deste domingo (20), que concorda em “gênero, número e grau” com a
entrevista do seu correliginários e ex-presidente, Fernando Henrique
Cardoso, ao Estadão na qual ele defendeu o impeachment da presidente
Dilma Rousseff
"Eu li a entrevista. Achei extremamente lúcida e patriótica. Ele é um
estadista. Concordo em gênero, número e grau com o que disse o
presidente Fernando Henrique Cardoso", disse Alckmin, após votar em uma
escola no Morumbi ao lado do empresário João Doria, que disputa sozinho
as prévias do PSDB que definirão o nome da sigla na campanha pela
Prefeitura de São Paulo. "Precisamos virar a página e retomar a
esperança”, acrescentou.
Questionado sobre manifestação contra o impeachment realizada na
Avenida Paulista na sexta-feira (18), o tucano elogiou o trabalho da
Polícia Militar. “O governo de São Paulo é republicano. A PM fez um
trabalho exemplar e não permitiu que houvesse manifestação simultânea de
contrários. Demos um exemplo de democracia em São Paulo”, disse.
Na entrevista, FHC também criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), ao dizer que o petista é "um líder nacional não tem o
direito de jogar parte do povo contra outras partes do povo e o conjunto
contra as instituições".
Sobre os grampos telefônicos sobre uma conversa entre a presidente
Dilma e Lula divulgados ilegalmente pelo juiz Sergio Moro, o tucano
disse que "não têm nada de republicano, nada de democrático, é uma coisa
de chefe de bando".
Ainda na entrevista, FHC afirmou que que na sua gestão "não houve
corrupção organizada". "O governo não tinha nada com isso. As pessoas
não foram indicadas para isso", disse ele. Vale ressaltar que o
ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou, em
delação, que a compra da empresa argentina Pérez Companc (PeCom) pela
Petrobras, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, "envolveu uma propina
ao governo FHC de US$ 100 milhões" (leia mais aqui).
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