O muçulmano convertido ao
cristianismo que está emergindo como um dos principais especialistas do
mundo sobre o islamismo emitiu um alerta sobre a violência
fundamentalista dentro da fé.
Nabeel Qureshi, cujo livro "Buscando Allah, Encontrando Jesus"
tornou-se um best-seller reconhecido pelo jornal 'New York Times',
acredita que o mundo está assistindo a uma reforma islâmica. Isto
significa um retorno aos fundamentos da religião, segundo informou o
escritor ao 'Christian Today', e não há dúvida de que esses fundamentos
são explicitamente violentos.
Qureshi disse ao 'Christian Today': "Há uma base para acreditar em
Jesus. Ele ressuscitou dos mortos. Você pode verificar que
historicamente você não tem que acreditar na fé cega. O Corão diz que se
você crê que Jesus é Deus, você irá para o inferno (cap 5:72), enquanto
Romanos (10:9) nos diz que precisamos acreditar nisso para sermos
salvos. Então, eles são exatamente opostos e, por isso você não pode ser
as duas coisas ao mesmo: cristão e muçulmano".
Ele advertiu que os muçulmanos hoje têm apenas três opções: se
tornarem nominais, apóstatas - o que no islamismo é punível com a morte -
abraçar os fundamentos da fé e tornar-se radical. Muitos estão optando por este último, ele disse.
"A reforma está propondo caminhar de volta para a forma original. Esta é a reforma islâmica que estamos vendo", destacou
Para contrariar jihad, "nós temos que descobrir com o que estamos a lidar, descobrir o que é o islamismo", acrescentou.
Neste fim de semana, Nabeel está falando na conferência "Inabalável",
realizada no Tabernáculo 'East London' (leste de Londres), em Mile End,
ao lado de Andy Bannister, diretor de Razi Zacharias Internacional de
Ministérios do Canadá e Jo Vitale, docente no Centro de Oxford para
Apologética Cristã. A conferência foi concebida como uma resposta à
pressão para diluir os ensinamentos de Cristo.
Seu próximo livro, "Respondendo à Jihad" ("Answering Jihad"), escrito como resposta aos ataques de Paris, será lançado em breve.
Qureshi, de 32 anos, disse que o livro surgiu da necessidade de uma
explicação sobre a relação do islamismo com a 'jihad' ("Guerra Santa").
Desde 9/11, têm surgido fortes argumentos de que o Islã é uma
religião de paz. Em seguida, houve os ataques Paris, em seguida, em San
Bernardino, nos EUA. "As pessoas não sabem como responder", disse
Qureshi. Isto levou aos comentários sobre a proibição de muçulmanos nos
EUA pelo candidato republicano Donald Trump, e outras controvérsias,
tais como a demissão de uma professora na Faculdade Wheaton, que alegou
que "muçulmanos e cristãos adoram o mesmo Deus".
"Poucas pessoas estão respondendo às questões teológicas sob estas
realidades", disse Qureshi. O debate foi polarizado entre as pessoas que
dizem que o islamismo é uma religião de paz e aqueles que argumentam
que é inerentemente violenta.
Testemunho
Aos 22 anos, Nabeel decidiu entregar sua vida a Jesus Cristo, em 2005. Segundo o escritor o extremismo islâmico se revelou com mais força em sua vida após tal decisão.
Aos 22 anos, Nabeel decidiu entregar sua vida a Jesus Cristo, em 2005. Segundo o escritor o extremismo islâmico se revelou com mais força em sua vida após tal decisão.
"Eu recebi ameaças de morte. Dentro de um mês que tornei um cristão,
alguém deixou um bilhete no meu carro. A grande maioria das ameaças de
morte são feitas on-line e soam apenas como pessoas desabafando. Eu
tenho dito agora para avisar às pessoas quando isso acontece. Antes eu
apenas abstraía e seguia em frente".
Ele admitiu que ele poderia ter se tornado um muçulmano nominal, se
não fosse por um amigo dele que estava apresentando argumentos
convincente sobre o cristianismo.
Ele está convencido pela verdade verificável da fé cristã. "Você não
pode fornecer uma base para afirmar que o Islã é a verdade".
No entanto, quando seus pais descobriram que ele tinha aceitado a Cristo, não foi fácil.
"Se tornar um cristão [no Oriente] não é uma questão individual, como
é no Ocidente. Em sociedades do Oriente Médio sua vida é social. Você é
parte de uma comunidade e o que você faz afeta tremendamente as pessoas
ao seu redor. Minha mãe era filha de muçulmanos, uma 'missionária'.
Toda a sua vida foi baseada no serviço para o islamismo. Agora seu único
filho havia se tornado um cristão. Isso traz uma enorme vergonha não só
para a minha reputação na sociedade, mas para ela, para o nome de seu
pai e de seu avô".
No início, eles não podiam acreditar em sua conversão. As relações
eram difíceis por um tempo, mas agora Nabeel está casado, com uma filha
pequena e as coisas melhoraram.
"Cristo revolucionou minha vida. Como muçulmano Fui criado para ser
moral, para considerar os outros e ser gentil. Mas uma vez que você vê
que o próprio Deus se curva de tal forma que Ele se torna um servo de
outros, disposto a morrer por eles, você percebe que a ética suprema é o
auto-sacrifício por amor", declarou.
"Não há nada parecido no Islã ou qualquer outra visão de mundo. Um
monte de religiões dizem-lhe para ser gentil com os outros, mas a
realidade é que você acaba disputando com seu deus. Se o seu deus é o
dinheiro toda a sua vida será em função do dinheiro. O Deus cristão é
eterno e se baseia em um amor desinteressado", afirmou.
Ainda falando sobre o que tem aprendido com o cristianismo, Nabeel afirmou que se alegra em viver na paz do Evangelho.
"Se você sabe que a salvação está nas mãos de Deus, então você pode
realmente viver. Nós podemos viver de tal forma que mesmo que nós temos
que morrer para os outros. Só o Evangelho realmente nos permite viver",
celebrou.
Ele tem visto muitas coisas acontecerm, o suficiente para sanar suas dúvidas.
"As únicas pessoas que realmente duvidam de uma realidade
sobrenatural são pessoas nascidas e criadas no Ocidente protegido",
relatou.
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