Com a avaliação de que a saída
do PMDB do governo federal tornou-se “irreversível”, o Palácio do
Palácio tenta agora esvaziar a reunião do diretório nacional do partido
nesta terça-feira (29) que definirá o desembarque oficial.
A estratégia, que foi discutida nesta
segunda-feira (28) entre a presidente Dilma Rousseff e ministros da
sigla, tem como objetivo tentar deslegitimar o encontro com a ausência
de caciques de peso, como o ex-presidente José Sarney e o presidente do
Senado Federal, Renan Calheiros (AL).
Além disso, o propósito é tentar passar a
mensagem pública que, apesar da decisão de saída, o governo federal
ainda conta com respaldo de uma ala importante do partido.
Na reunião com a petista, os ministros
do partido se comprometeram a não comparecer ao evento e a conversar com
suas bancadas federais na tentativa de evitar presenças de deputados,
senadores e dirigentes estaduais e municipais da legenda.
No encontro com a presidente, ministros
peemedebistas avaliariam que a decisão do PMDB do Rio de Janeiro de
apoiar o desembarque tornou a saída do partido “inevitável”.
Por se tratar de um dos grupos mais
fortes da legenda e até então o mais próximo da presidente, a ala
carioca era considerada a última esperança.
Em conversas reservadas, o entorno do
vice-presidente Michel Temer avalia que é quase impossível uma decisão
favorável ao governo federal neste momento.
Diante da certeza de um desembarque, o
governo federal vai oferecer a partidos como PP, PR e PSD cargos hoje em
poder dos peemedebistas e a promessa de terem um papel de
“protagonistas” caso a petista sobreviva ao impeachment.
Nas contas de assessores da presidente,
quase 500 cargos podem entrar nas negociações se todos os peemedebistas
decidirem seguir a decisão do diretório nacional do PMDB.
Folha Press
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