Quase 70 anos depois de ter sido identificado na África,
o zika vírus mobiliza de forma inédita a comunidade internacional em
busca de uma solução. Esquecido por décadas, o vírus apenas passou a ser
alvo de atenção depois dos casos de microcefalia no Brasil e diante da
constatação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que até 4 milhões
de pessoas poderiam ser afetadas apenas nas Américas em 2016.
Uma corrida foi lançada em institutos de pesquisa e em multinacionais
em busca de novos produtos. Se durante anos os incentivos econômicos
eram inexistentes para produzir alguma resposta, hoje as empresas sabem
que quem chegar primeiro será amplamente recompensado por um mercado
ávido por qualquer novidade no combate ao zika ou ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Documentos internos da OMS obtidos pela reportagem revelam a dimensão
da corrida. No total, 96 companhias e institutos têm se lançado na
busca por soluções para o zika vírus – 31 instrumentos de diagnósticos
têm sido pesquisados, além de 27 vacinas, 8 produtos de terapia e 10
novos instrumentos de controle do vetor.
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