Matéria publicada neste sábado (12) no El Pais conta que após o alarde causado pelo pedido
de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma
promessa de discrição. A juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4.ª Vara
Criminal de São Paulo, divulgou nota para informar que o processo em
que o petista é acusado de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro
seguirá em segredo de justiça. Na mensagem distribuída pela assessoria
de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ernandes diz
ainda que sua análise "demandará algum tempo".
Segundo a
reportagem, a juíza destaca que "trata-se de processo de elevada
repercussão social, em que há acusações contra ex-presidente da
República e requerimento de medidas cautelares sérias". "Neste momento
saliento que o processo apresentado pelo Ministério Público do Estado de
São Paulo possui 36 volumes, ainda não findo o processo de
digitalização, e já existem habilitações de procuradores de alguns
denunciados, e para a análise da viabilidade da acusação, bem como dos
pedidos cautelares formulados, necessária a detida apreciação de todo o
material apresentado, o que demandará algum tempo", explica Ernandes.
O
tumultuado caso Lula teve seu primeiro capítulo público em fevereiro,
quando, convidado a depor sobre o caso do Triplex no Guarujá (SP), o
petista acabou dispensado, por conta de uma decisão do Conselho Nacional
do Ministério Público (CNMP). A ausência de Lula naquele dia não
impediu que militantes petistas e críticos do ex-presidente se
enfrentassem em frente ao fórum da Barra Funda, na capital paulista.
Dias depois, Lula seria submetido a uma condução coercitiva por conta de outra investigação, da Operação Lava Jato, e o clima político do país só tem se acirrado desde então.
Nesta
sexta-feira (11), a Frente Brasil Popular, formada por movimentos
sociais ligados ao PT, confirmou que Lula estará no ato de apoio a ele
convocado para daqui a uma semana, no dia 18. Segundo os movimentos da
Frente Brasil Popular, as entidades pró-Lula não estarão presentes na
avenida Paulista neste domingo, 13, quando acontece o ato que pede o
impeachment de Dilma Rousseff, como os petistas chegaram a cogitar após a
condução coercitiva. Para eles, a manifestação de domingo tem uma
"pauta golpista".
Nenhum comentário:
Postar um comentário