O mercado de trabalho vai de mal a pior, diante do aprofundamento da
recessão. Não por acaso, a taxa de desemprego atingiu 9,5% no trimestre
terminado em janeiro, segundo a Pnad Contínua, elaborada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o pior resultado da
série histórica. No total, 9,6 milhões de brasileiros estão sem
trabalhado, 2,9 milhões (42,3%) a mais que no mesmo período de 2015,
quando o índice de desocupação estava em 6,8%.
Segundo os especialistas, as perspectivas são as piores possíveis,
pois não há como o nível de atividade se recuperar, diante da onda de
desconfiança que varreu o país. A crise política fez com que o Produto
Interno Bruto (PIB) afundasse e as demissões se acelerassem. A retração
da atividade neste ano deve passar dos 4%, o que levará o desemprego
para algo entre 12% e 13%. Há quase uma década não se vê taxa de
desocupação de dois dígitos no país.
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