A presidente Dilma Rousseff decidiu apostar nos cargos de primeiro e
segundo escalões como oferta para atrair o apoio das alas partidárias
que ainda resistem em aderir ao desembarque. Na quinta-feira (24/3) ela
intensificou o contato com os parlamentares e os líderes partidários e
intensificou as negociações com aliados para ouvir suas demandas.
O principal foco das investidas palacianas é o PMDB, que detém a
maior bancada nas duas Casas e tem ensaiado o desembarque do governo. O
afastamento por parte dos peemedebistas é considerado como “tiro de
misericórdia” no governo, uma vez que também deverá servir de fio
condutor para outros partidos da base aliada tomarem o mesmo rumo.
A estratégia é atrair os ministros da legenda para próximo do governo
com o objetivo de demonstrar que uma possível decisão pela debandada do
PMDB até pode ser aprovada, mas não será unânime e também poderá vir a
não ser cumprida pelos correligionários.
À tarde, ela se reuniu com os sete ministros da legenda. Além de
Castro e Pansera, estiveram Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu
(Agricultura), Henrique Eduardo Alves
(Turismo), Helder Barbalho (Portos) e Mauro Lopes (Aviação Civil). Ali,
foi feita uma apresentação com os possíveis votos na reunião do partido
marcada para o dia próximo dia 29, em que será votado o desembarque.
Segundo fontes, ainda há uma margem de 8 a 10 votos a favor da
manutenção da aliança. Os cálculos mostram que, dos 156 delegados com
direito a voto, há pelo menos nove indecisos.
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