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sexta-feira, 11 de março de 2016

STJ abre inquérito contra governador do PR por fraudes na Receita Estadual

O Superior Tribunal de Justiça autorizou a abertura de inquérito para investigar se o governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB, teria recebido recursos de um esquema de propinas na campanha à reeleição, em 2014.   
O pedido de abertura de inquérito foi feito no fim de janeiro, pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko. A suspeita é de que o governador Beto Richa, do PSDB, teria se beneficiado de esquema de cobrança de propina para cancelar dívidas de empresários com a Receita Estadual do Paraná.

O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, que está preso, afirmou ao Ministério Público, em depoimento de delação premiada no ano passado, que delegacias regionais da Receita do Paraná teriam arrecadado R$ 4,3 milhões para a campanha à reeleição de Beto Richa, em 2014.

Ele afirmou que o esquema era coordenado pelo auditor fiscal Márcio de Albuquerque Lima, que foi delegado regional da Receita Federal em Londrina e inspetor geral de fiscalização. E que Márcio de Albuquerque seguia orientações de Luiz Abi Antoun, parente do governador.

Durante as investigações da Operação Publicano, que apurou o esquema de desvio de dinheiro, empresários confessaram o pagamento de suborno para bloquear cobranças milionárias em impostos.

A defesa do governador Beto Richa já foi notificada da decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio de Noronha, que autorizou a abertura de inquérito. Agora, a investigação deve avançar com o depoimento de testemunhas. Ao fim dessa fase de investigação, o Ministério Público vai decidir se denuncia ou não o governador.
O governador Beto Richa declarou que não tem nada a temer, que todas as doações de campanha foram legais e declaradas à Justiça, que tem interesse no esclarecimento dos fatos e que confia na Justiça.
A defesa de Márcio de Albuquerque Lima não quis comentar o caso.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com o advogado de Luiz Abi Antoun.

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