A descoberta de que talvez o mosquito Aedes aegypti
não seja o principal vetor de propagação do vírus Zika e de que a
disseminação por contato sexual é mais comum do que anteriormente
pensado colocam em xeque tudo o que já era sabido sobre o zika. Pelo
menos é o disseram cientistas e autoridades de saúde presentes na
reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra nesta semana.
“É o Aedes o único vetor? Bem, posso lhe dizer que os cientistas do
mundo começam a se fazer perguntas”, disse a diretora geral da OMS,
Margaret Chan. “Pode ser uma outra espécie que está causando isso? Nesse
momento isso são lacunas científicas. Precisamos continuar a encontrar
evidências e não temos respostas definitivas ainda.”
As dúvidas sobre o papel do Aedes ganharam ressonância na
comunidade científica com dois estudos brasileiros divulgados na última
semana que apontam para o possível envolvimento de outros vetores na
propagação rápida do Zika.
O primeiro estudo, uma parceria do Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz,
do Rio, com o Instituto Pasteur, da França, avaliou a competência
vetorial dos mosquitos do gênero Aedes enquanto transmissores do
zika em cinco regiões: Brasil, Estados Unidos, e os territórios
ultramarinos franceses Martinica, Guadalupe e Guiana Francesa.
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