A Fórmula 1 promete punir com
mais vigor os pilotos que saírem da pista para obter vantagem na
temporada de 2016, que começa com o GP da Austrália no próximo final de
semana. Uma alteração no regulamento técnico deve eliminar uma área que
gerava discordância e pode causar um aumento no número de punições.
Uma das prioridades da Federação
Internacional de Automobilismo nos últimos anos tem sido assegurar que
os pilotos não deixem a pista sem necessidade. Isso tem acontecido com
mais frequência nos últimos anos com a substituição das áreas de escape
com brita pelo asfalto. Apesar de mais seguro, ele acaba permitindo que
os pilotos ganhem tempo ao deixarem a área que delimita a pista.
O problema da regra antiga era sua
imprecisão em relação ao que se configurava em “ganhar vantagem ao sair
da pista”. No regulamento de 2016, o novo texto diz que “os pilotos
devem fazer todo o esforço razoável para usar a pista em todos os
momentos e não podem deixá-la deliberadamente ou sem uma razão
justificável. Os pilotos serão julgados caso nenhuma parte do carro
continue em contato com a pista”. A regra segue dizendo ainda que é
considerada parte da pista tudo o que estiver entre as duas linhas
brancas, “o que não inclui a zebra”.
Caso os comissários entendam que o
piloto descumpriu as regras, eles podem desde apenas deletar o tempo de
volta, até impor uma passagem pelos boxes.
Por diversas vezes especialmente nos
últimos dois anos, tempos foram deletados de classificações devido a
saídas dos limites de pista. Porém, durante as corridas, tal regra
sempre causou muita discussão porque, em disputas de posição, os pilotos
sempre reclamam que só saíram da pista porque o rival não deu opção.
Outro problema é a dificuldade de se controlar os 22 carros ao mesmo
tempo.
O número de punições vem subindo a cada
temporada. Contabilizando apenas as penas dadas por infrações cometidas
pelos pilotos, foram 23 no total em 2011 e 52 ano passado. Com a nova
regra, a tendência é que o número suba ainda mais.
O excesso de punições tem gerado
críticas dos pilotos. “Essas decisões precisam fazer mais sentido. Não
vejo essas coisas no Mundial de Endurance ou na MotoGP, que são
categorias muito mais divertidas do que a nossa”, reclamou Fernando
Alonso.
UOL
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