A Justiça da Dinamarca condenou nesta
sexta-feira, 11, a popular escritora e ativista Lisbeth Zornig Andersen a
pagar uma multa de 22,5 mil coroas (R$ 12,2 mil) por ajudar uma família
síria que tinha entrado ilegalmente no país à chegar a Suécia.
Andersen, que fundou e dirigiu várias
organizações de ajuda à infância, foi condenada no tribunal de Nykøbing
Falster, no sul da Dinamarca, por tráfico ilegal de pessoas, junto com
seu marido, que recebeu como pena multa do mesmo valor.
A autora deu carona em setembro em seu
carro a uma família síria desde o sul do país, quando centenas de
solicitantes de asilo se amontoavam na fronteira, após a Alemanha
decidir deixar a passagem livre aos refugiados sírios que queriam seguir
viagem ao norte da Europa.
O governo dinamarquês chegou a paralisar
temporariamente o tráfego ferroviário com a Alemanha, mas como a
maioria dos peticionários expressou desejo de pedir asilo na Suécia, com
uma política mais favorável a respeito, seguiu o exemplo alemão.
Lisbeth, que comentou em vários meios de
comunicação que ajudou uma família síria a atravessar a fronteira,
afirmou no julgamento que nem ela nem seu marido sabiam que as leis
dinamarquesas consideram ilegal transportar pessoas que estão em
situação irregular no país.
A escritora qualificou a sentença de “inaceitável” e alegou que o tribunal tentou dar o exemplo, já que a multa é superior à de casos similares.
A escritora qualificou a sentença de “inaceitável” e alegou que o tribunal tentou dar o exemplo, já que a multa é superior à de casos similares.
Segundo números da Polícia Nacional, 279
pessoas foram acusadas entre setembro e fevereiro de tráfico de pessoas
por ajudarem refugiados que estavam ilegalmente no país, quase o dobro
que em todo 2014.
ISTOÉ
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