A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, titular da 4ª Vara
Criminal de São Paulo, disse nesta sexta-feira (11) que vai levar "algum
tempo" para analisar a denúncia e o pedido de prisão formulados pelo
Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Lula, no caso do
tríplex em Guarujá (SP). A medida foi requisitada pelos promotores de
Justiça Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes
Araújo.
Em despacho divulgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, Maria
Priscilla decidiu manter os autos em sigilo e afirmou que o processo tem
"elevada repercussão social" e "requerimento de medidas cautelares
sérias".
Ela explicou que a Justiça paulista ainda não concluiu nem sequer o processo de digitalização dos autos.
Abaixo o despacho da juíza:
Vistos. Trata-se de processo de elevada repercussão social, em que há
acusações contra ex-presidente da República e requerimento de medidas
cautelares sérias. Neste momento, saliento que o processo apresentado
pelo Ministério Público do Estado de São Paulo possui 36 volumes, ainda
não findo o processo de digitalização, e já existem habilitações de
procuradores de alguns denunciados, e para a análise da viabilidade da
acusação, bem como dos pedidos cautelares formulados, necessária a
detida apreciação de todo o material apresentado, o que demandará algum
tempo. Mantenho, presentes os requisitos legais, o segredo de justiça do
processo. Divulgue-se esta decisão, a despeito do segredo, pela
assessoria de imprensa do TJSP, para elucidar à população o andamento do
feito que terá seu curso no estrito termo da Lei. Int. e dê-se ciência
ao Ministério Público.
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