Um ano após os primeiros atos contra a
presidente Dilma Rousseff, a cúpula PSDB, principal partido de oposição
ao governo federal, compareceu pela primeira vez unida a uma
manifestação anti-PT, no protesto realizado na Avenida Paulista, em São
Paulo, neste domingo (13).
De forma oficial, com direito a
coletiva de imprensa e pose para fotos ao lado de caminhões de grupos
sociais contrários ao Partido dos Trabalhadores, o presidente tucano,
senador Aécio Neves, o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o líder
do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, foram juntos ao ato,
procurando passar uma imagem consolidada de união da legenda em favor do
impeachment de Dilma.
Rivais dentro do partido na
disputa pela Presidência da República, Aécio e Alckmin se encontraram no
início da tarde no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista,
de onde saíram em uma van em direção ao protesto – na qual também
estavam o senador tucano Aloysio Nunes e o presidente do partido
Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força.
Foi a primeira vez que
Alckmin, mais contido tucano em relação à questão do impeachment,
compareceu a um protesto de rua contra a presidente. Ele e os
correligionários posaram para fotos em frente ao palanque montado pelo
Movimento Brasil Livre (MBL) e depois seguiram para outro ponto de
concentração dos manifestantes, próximo ao caminhão Vem Pra Rua.
Aécio, que só havia aderido
aos atos de agosto, chegou a ir pela manhã ao protesto em Belo
Horizonte, Estado que governou e pelo qual se elegeu senador, antes de
viajar a São Paulo para o encontro simbólico com Alckmin. O trio se
limitou a ficar pouco tempo em cada espaço por questões de segurança.
À imprensa, Aécio opinou ser necessário
confiar no impeachment da presidente como um dos caminhos para o Brasil
“retomar o crescimento”. “Vamos aguardar com serenidade, porém atentos, à
discussão do processo, que se inicia na próxima quinta-feira (17)”,
disse ele.
Apoiado por Alckmin na disputa
pela Prefeitura paulistana, o empresário João Dória foi o único nome do
PSDB que discursou no palanque dos movimentos. “O Brasil é verde e
amarelo, nunca será vermelho”, disse ele em referência à esquerda no
País. “São milhões de brasileiros protestando por todo o País e isso vai
fazer com que o Brasil mude ainda mais rápido do que o PT imagina.”
Líder do Movimento Brasil Livre (MBL),
Kim Kataguiri comemorou a presença dos líderes tucanos na área de
concentração do grupo. “Agora que eles encamparam a pauta do
impeachment, achamos salutar que eles venham”, apontou, enfatizando que o
grupo precisa dos parlamentares para aprovarem o impeachment.
“Ainda assim, o Aécio [suspeito de
irregularidades pela operação que investiga desvios da Petrobras] tem de
ser investigado, assim como todos os que foram citados. No entanto, ele
não está aqui como pessoa fisica, mas como presidente do maior partido
de oposição do País.”
IG
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